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Sigmund Freud disse em algum lugar que o homem nasce neurótico. Isso é uma meia-verdade.
Quando uma criança nasce, ela é um ser sensível: ela sente coisas. Ela não é ainda um ser que pensa. Ela é natural, exatamente igual a qualquer coisa natural na natureza – exatamente como uma árvore ou como um animal. Mas nós começamos a moldá-la, a cultivá-la. Ela tem de reprimir seus sentimentos, porque sem reprimir seus sentimentos ela está sempre atormentada.Quando ela quer chorar, ela não pode chorar porque seus pais não aprovarão. Ela será condenada. Ela não será apreciada, não será amada. Ela não será aceita como ela é. Ela deve se comportar; ela deve se comportar de acordo com uma determinada ideologia, determinados ideais. Somente então ela será amada
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A Morte é mais importante do que a vida. A vida é apenas o comum, é apenas o superficial .A morte é mais profunda. Através da morte tu te desenvolves para a vida real...e através da vida tu apenas alcanças a morte, e nada mais.
O que quer que chamemos de vida, que tomemos como vida, não passa de uma viagem em direção a morte. Se puderes compreender que toda a nossa vida é apenas uma viagem, e nada mais, então ficarás mais interessado na morte, pode chegar as profundidades maiores da vida. De outra forma ,permanecerá apenas na superfície. .
Mas não estamos absolutamente interessados na morte. Antes,fugimos aos fatos, estamos continuamente fugindo aos fatos. A morte ai está e a cada momento estamos morrendo. A morte não é algo distante; está aqui, e agora. Estamos morrendo. Mas enquanto estamos morrendo ,vamos nos preocupando com a vida. Essa preocupação com a vida , Essa superpreocupação com a vida, é apenas uma fuga, apenas um temor. A morte ai está , profundamente dentro –crescendo.
Modifique-se a ênfase: volte-se a tua atenção para o que há em torno. Se te tornas preocupado com a morte, tua vida te vai ser revelada pela primeira vez,porque no momento em que te sintas a vontade com a morte, ganhaste a vida que não pode morrer. Do momento em que tenhas conhecido a morte, conheceste que a vida é eterna . .
A morte é a porta da vida superficial , a chamada vida, a comum. Há uma porta. Se passares através dela, encontrarás outra vida (mais profunda...eterna), sem morte, imortal. Da chamada vida,que,realmente,nada é , senão o morrer, temos que passar pela porta da morte. Só então alcançaremos a vida que é realmente existencial e ativa. –sem morte.
Mas é presciso que se passe muito conscientimente através dessa porta.
Estivemos morrendo muitas vezes. Mas, quando quer que alguém morra torna-se inconsciente. Passas através da porta num estado inconsciente da mente. Então nasces de novo, e toda a insensatez recomeça. E outra vez não te preocupas com a morte.
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Quem se preocupa com a morte mais do que a vida, começa a passar conscientemente pela porta, Isso é o que entendemos por meditação: passar conscientemente pela porta da morte. Morrer conscientemente é meditação. Mas não podes esperar pela morte. Não prescisas fazer isso, porque a morte está sempre ai. É uma porta que existe dentro de ti, não e algo que vá acontecer no futuro, não é algo fora de ti, que tens que alcançar, está dentro de ti é uma porta..
Do momento em que aceitas o fato de que a morte ai está e começas a senti-la , a vive-la , a ter consciência dela, começas a desaparecer através da porta interior. A porta se abre, e através da porta da morte começas a ter realces da vida eterna. Só através da morte é possível a alguém ter relances da vida eterna, não há outra maneira. Portanto realmente, tudo quanto é conhecido como meditação não passa de morte voluntaria,
apenas um aprofundamento interior, um afogamento interior , um mergulhar interior um afastar-se da superfície e procurar a profundidade.
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Portanto para quem está disposto a morrer , essa própia disposição se torna a transcendência: essa propia disposição é religiosidade . Quando dizemos que alguém é mndano , queremos dizer ,antrs, que ele é absolutamente preocupado com a vida , e de forma alguma preocupado com a morte. Uma pessoa mundana é alguém para quem a morte vem , afinal. E qando vem, ele está insconsciente
Um homem religioso é o que está morrendo a cada momento. A morte não está no fim; é o próprio processo da vida. Um homem religioso é o que está mais preocupado com a morte do que com a vida, por que sente que aquio , seja o que for, que conhecemos como vida, vai ser tomado. Está sendo tomado; a cada momento tu o estás perdendo .A vida é apenas a areia numa ampulheta. A cada momento a areia vai sendo perdida e nada podes fazer neste caso. O processo é Natural. Nada pode ser feito:é irreversível. (...) (Um dia toda a areia estará perdida e tu estarás vazio -- apenas um eu vazio sem mais tempo consigo ,Então morres...
Sê mais preocupado com a morte(e com o tempo). Ele está aqui e agora, na esquina presente a cada momento. Desde que começas a procura-lo, tornas-te consciente dele . Ele está aqui ,tu apenas está deixando de observar esse fato. Mas nem mesmo deixando de observar esse fato tu foges a ele. Portanto entra na morte , salta para ela . Essa é a dureza da meditação , essa é asua austeridade ; é presciso saltar para a morte.
Continuar amando a vida é sensualidade profunda , e estar pronto a morrer parece, de certa forma, não natural. Sem dúvida, a morte é uma das coisas mais naturais ... mas parece nada natural estar proonto par morrer.
Assim é como funciona o paradoxo, a dialética da existência; se estás pronto a morrer, mesmo essa disposição torna-te não mortal; mas se não estás pronto a morrer essa mesma disposição esse superego e ânsia de de viver fazem de ti um fenômeno que morre.
Quando assumimos qualquer atitude, sempre lançamos o oposto. Essa é a profunda dialética da existência.o esperado nunca chega, o desejado nunca é obtido, o desejo jamais é satisfeito. Quanto mais desejas mais perdes. Seja qual for a dimensão isso não faz diferença: a lei permanece a mesma se pedes demasiado,
seja o que for, pelo fato de pedires perderás o qe pedes. (...)
Assim uma pessoa cheia de ânsia pela vida é uma pessoa morta. Já está morta , apena um cadáver.
Quanto mais ela sente ser apenas um cadáver, mas mais desejo tem de viver, mas não conhece a dialética.
O Próprio anseio é venenoso . Uma pessoa que não têm ânsia de viver –Uma pessoa com o Buda , que não tem ânsia pela vida – vive ardentemente. Floresce em vivência, perfeitamente, totalmente.
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No dia em que Buda morreu alguém lhe disse: “Agora, estás morrendo, Vamos sentir muita falta de ti , durante eras e eras,vidas e vidas”
No dia em que Buda morreu alguém lhe disse: “Agora, estás morrendo, vamos sentir muita falta de ti , durante eras e eras,vidas e vidas”
Buda respondeu: “Mas eu morri a muito tempo, durante quarenta anos não tive consciência de estar vivo. No dia em que atingi o conhecimento a iluminação , morri.”
Estava entretanto tão vivo! E esteve realmente, vivo só depois de estar “morto”. No dia em que atingiu a iluminação interior , morreu exteriormente , mas foi quando se tornou muito vivo. Então foi relaxado e espontâneo . Então ,não teve medo , não temeu a morte.
O medo da morte é o único medo. Pode tomar qualquer aspescto, mas é o medo básico. Desde que estejas pronto – desde que tenhas morrido – já não existe medo. E só numa existência destituída de medo a vida pode chegar ao florescimento completo. Mesmo então a morte vem. Buda morre. Mas a morte acontece apenas para nós , não para ele , porque quem passa pela porta da morte (consciente) tem a continuidade eterna . uma continuidade intemporal.